quinta-feira, 17 de abril de 2014

Hoje a senhora canta num coro celestial...

Quantas vezes cantei com ela esse louvor. As vezes tao pequenina quem nem sabia cantar. Ela com seu caderno de hino amarelo e eu ali em mais um dia das mães. As vezes no mesmo dia era meu aniversário. Que privilégio não?
Hoje sua filha cresceu (...) lembrando de outrora agradeço a Deus.
Mas você já não está mais aqui...

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Saudade infinita...

Eu não queria ter que voltar aqui. Eu não queria ter que dizer adeus.
Reviver cada momento. Sentir essa dor.

O meu mundo parou quando você me deixou.

Por que tem que ser assim?
Eu sei que ai tudo é mais belo, são flores, sem dores... mas e eu mãezinha?

O que eu faço sem você.

Costumo dizer que tudo que passamos me preparou. Mas essa é só uma capa. É só uma forma de sufocar esse aperto que estou sentindo.

Tem tanta coisa acontecendo.
Tenho tanto pra te contar.

A senhora não vai acreditar.

Foi só a senhora viajar que o mundo girou 360º de uma única vez.

O apartamento saiu sabe. Dia 20 de janeiro. Dá pra acreditar? Acho que a senhora deu um jeitinho ai de cima né.

E no mesmo 20 de janeiro descobri que tem uma coisinha aqui dentro de mim.
Queria tanto que a senhora pudesse sentir como ela se meche... acho que vai ser tão elétrica como a senhora. Tão bonita e inteligente também.
Queria sentir seu toque, seu carinho. Sua voz me chamando de neguinha.
Agora eu tenho uma neguinha aqui, crescendo cada dia mais.

Como eu vou explicar pra ela que a senhora não pode esperar?  Como vou fazê-la entender que a senhora aguentou ao máximo? Que já estava cansada? Eu queria que tivesse ficado só mais um pouquinho pra que pudesse ver como é perfeitinha. Suas mãozinhas, seu narizinho, os olhos... a boquinha...

Volta pra mim mãe, mesmo que em sonhos. Eu preciso dos seus conselhos. Preciso do seu "Calma, filha!"

Apenas uma vez mãe. Volta. Pra eu te dizer o quanto te amo...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Vao se os cabelos ficam sorrisos...

Hoje conheci mais um blog lindo de um oncolina: A Renata Bittencourt do Blog "os 4 efes"
Seu post sobre a queda dos cabelos me chamou a atenção. Sua experiência como a de tantas outras guerreiras e guerreiros é de ser aplaudida de pé.

Talvez por eu passar tanto tempo sem aparecer por aqui, sem escrever como antes, me peguei fazendo um looongo comentário no post dela. Peço desculpa pela invasão rs. Daí, resulvi publicar aqui. Me trouxe várias recordações...

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  1. Minha linda,
    Passei por essa situação 1... 2 vezes.
    Evangélica que somos minha mãe tinha um cabelão pra lá da cintura. Na primeira quimio ele não caiu por completo. Meio que renovou. Ao mesmo tempo que enfraquecia outros já nasciam. Assim não passamos por isso. Mas como o tratamento não teve resultado, trocaram os protocolos e ai... cabelo pra todo lado.
    Minha mãezinha resistiu bravamente até o último tufo de cabelo. E sobrou pra quem a tarefa da maquininha? Euzinha.
    Passamos a máquina, e acabou-se o problema do cabelo se prender onde quer que encostasse.
    Amo fotografia, mas mesmo com a insistência dela não quis registrar imagens dela careca. Me negava a aceitar.
    Por fim, num belo dia fiz as fotos e vi o quanto ela era linda. Ainda mais do que eu já sabia. E o quanto eu me pareço com ela, no formato do rosto, seu sorriso. Isso ninguém vai me tirar. Não temos a mesma cor de pele ou seus olhos claros. Mas ela está em mim.
    E voltando... meses depois, num período de euforia versus depressão, num surto de aminésia, meu subconsciente assumiu e mais uma vez estava eu com a maquininha, mas dessa vez a personagem era eu (uma longa história amiga). E lá fui eu experimentar a carequisse. Posso dizer, foi a melhor sensação que já tive, liberdade pura. O banho, tomar chuva até encarar o espelho. Eu que sempre tive baixa auto estima me achava linda como nunca.
    Claro que não tive a mesma carga que vocês ao passar por essa situação. Mas foi um experiência incrível.
    Espero que logo logo seus cabelos voltem a crescer. Por isso, aproveite a liberdade. O mundo vai olhar sim. Mas nunca deixem que vejam apenas semblante de tristeza. Vão se os cabelos ficam sorrisos...

    Desculpe a tamanha invasão. Mas senti de compartilhar rs.

    Se cuida tá.


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    É isso pessoal,

    Deu até saudade das fotitas da mamy carequinha...

    Essa foto foi em maio de 2011 no INCOR, antes do diagnóstico.





    E aqui as fotos que mencionei. Logo após passarmos a maquininha.


    E não se esqueçam, se até as princesas podem ficar carecas ... o que vale é não deixar a peteca cair. Muito charme e força na peruca...



    Essa era eu logo que encarequei...

     Kiss,
    Sara