terça-feira, 4 de setembro de 2012

Seja bem vindos!!

Iniciei esse blog com o objetivo de compartilhar com vocês um pouco dessa luta que começou em 28 de março de 2011 - um pouco antes, mas vamos considerar essa a data inicial.

Só para entenderem, vou tentar resumir o "antes" desse dia:
Minha mãe (a Protagonista dessa história), vinha apresentando sintomas como tosse e cansaço já a algum tempo. Os médicos do Posto de Saude de Guaianases diagnosticaram-na como que com pneumonia e tratavam apenas com Amoxilina e remédios do tipo. Diante de uma mancha no Raio X nem mesmo fizeram exame clínico (esses de escutar o coração, a respiração - o mínimo que se espera numa consulta).
Inconformada com a não alteração no seu quadro clínico, ela procurou um pneumologista que atendia pelo Sindicato das costureiras e após um exame de Tomografia do Pulmão, foi constatado que havia um derrame pleural. A partir daí ele a encaminhou ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas pois o derrame pleural não é uma doença, mas sim a manifestação de outras doenças que em sua maioria podem ser infectuosas, como a Tuberculose por exemplo.


Instituto de Infectologia Emílio Ribas
No Instituto, após avaliada pela equipe médica do Pronto Socorro, indentificaram não tratar-se apenas de derrame pleural, e sim também de Derrame pericárdico . Após um ecocardiograma onde foi possível identificar o nível do líquido que se acumulou no pericárdio, minha mãe permaneceu internada sendo preparada para cirurgia de drenagem do derrame pericárdico.

A cirurgia ocorreu na quarta-feira (30/03/11) e pelos próximos 7 dias ela permaneceu na UTI para o pós operatório.
Na cirurgia foram retirados 600 ml de líquido (isso mesmo, o equivalente a uma garrafa de Coca-cola) e nos 7 dias que transcorreram, eram drenados diariamente cerca de 100 a 200 ml do líquido até que chegasse a um nível irrelevante.

Nos dias que se seguiram, transferiram-na para um quarto, onde era mantida isolada e tratada para tuberculose (apesar de não ter sido diagnosticada). Fizeram inúmeros tipos de exames para comprovar doenças infectuosas (lupos, HIV, inúmeras que nem sei). Diariamente eram feitos exames de sangue, eco, tomografias, tudo para identificar a causa do derrame e controlar a produção do líquido.

Após quase 2 meses de internação, e nenhum diagnóstico conclusivo, deram alta a mãe pois ela poderia continuar o tratamento para tuberculose em casa, uma vez que a medicação era via oral.


Costumo dizer que liberaram ela apenas para passar o dia das mães conosco, pois uma semana depois, ao retornar para uma consulta, constataram através do eco que o derrame pericárdico havia se refeito.

Continua...


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